Assembleia Diocesana

Está em curso a VIII Diocesana de Afogados da Ingazeira. Convocada pelo nosso bispo diocesano, Dom Egidio, na solenidade de Pentecostes – em carta ao povo de Deus – tivemos o primeiro grande momento preparatório à VIII Assembleia Diocesana de Pastoral. Dia 24/08, em Triunfo, encontraram-se representantes de todas as paróquias de nossa diocese, mais de trezentas pessoas. Durante a manhã, após as palavras de boas-vindas do bispo diocesano, desenvolveu o tema “Iluminando o Processo de elaboração do novo Plano Diocesano de Pastoral”, o Pe. Elias Ramalho, da Diocese de Patos. Com muita propriedade, diga-se, ordenou sua fala em quatro momentos, necessários para esse processo de (re)pensar a pastoral em nossa diocese:

1. Definição de Método, destacando o método “participativo”, onde todas as forças vivas da diocese, grupos, agentes etc., são chamados à efetiva presença no processo. Isto se dará via assembleias nas esferas pastorais, ou seja, comunidade-paróquia- zonal-diocese, fazendo depois o caminho inverso, evitando “jogar de cima para baixo” as necessidades, as conclusões;

2. Clareza do modelo eclesiológico a ser defendido e promovido. Neste ponto, colocou dois modelos possíveis: o de ‘cristandade’ e o do ‘Vaticano II’. No primeiro, a Igreja se entende como ‘centro do mundo’, o poder e o privilégio dos ministros ordenados têm forte acento, o padroado é o sistema de manutenção, a moral baseia-se no ‘dever’, há dificuldade de diálogo com a modernidade, a espiritualidade é mais intimista e devocional e a consequência política da fé vai apenas até a assistência aos pobres, “dar o que eles precisam”. No segundo modelo, a Igreja entende que deve ‘ir ao mundo’, a relação com o poder e os poderosos é em vista das necessiades dos pobres, a moral leva em conta a intenção, além do ato, acento na importância da Palavra de Deus como fonte de fé e espiritualidade, tendo Cristo como princípio interpretativo, as consequências da fé passam pela promoção e defesa da dignidade da vida humana;

3. Conhecimento da Realidade sócio-cultural, com tudo de bom e desafiador que ela contém: crise da racionalidade ética, império das ciências e da técnica, enfraquecimento das instituições de sentido (família, escola, igreja etc), urbanização crescente, o poder esmagador da mídia, a globalização com ganhos e perdas, crise ambiental, exclusão social, movimentos sociais que buscam cidadania, inclusão e democracia (não como ‘direito de votar’, apenas);

4. Referência Inspiradora (Documento de Aparecida: DA). I. ponto de partida: esta realidade nos interpela, pois contradiz o Reino de Deus; II. ponto de chegada: a vida em plenitude para a pessoa e todos os povos; III. a exigência: uma Igreja em estado permanente de missão; IV. as implicações: conversão pastoral e renovação da comunidade; V. consequências: investir na formação do missionário, favorecer o protagonismo dos leigos e otimizar a presença pública da Igreja.

Na parte da tarde foi entregue um questionário a ser respondido pelas comunidades. Os momentos seguintes serão: assembleia paroquial (mês de agosto), assembleia zonal (setembro) e assembleia diocesana (19 a 21/11).

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